quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SEGUNDA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2007

PAULA


É a chefe do posto indígena do Rio Jordão, acima da aldeia dos kaxinawá, na fronteira do Brasil com o Peru. Diferente do pai dela, o sertanista José Carlos dos Reis Meirelles, Paula jamais levou uma flechada dos índios isolados da região.

O posto avançado integra a Frente de Proteção Etno-Ambiental Envira (FPEE). Fica na Foz do Rio D'Ouro, dentro da Terra Indígena Alto Tarauacá, de 142.619 hectares, identificada pela Funai em 1996, fisicamente demarcada em 2002 e homologada por decreto do presidente da República em 2004.

A construção do posto ocorreu em abril de 2005, com vistas a evitar as caçadas comerciais ali realizadas por moradores da sede do município de Jordão e de seringais vizinhos e o risco de novos confrontos armados e mortes entre os "isolados" e esses caçadores.

Uma expedição de caçadores, em 2000, chefiada pelo então vereador Auton Dourado de Farias, sobrinho do então prefeito Turiano Farias, matou, no seringal Oriente, pelo menos um índio isolado, com requintes de crueldade, que incluíram castração e enterro em cova rasa.

O funcionamento do posto teve como primeiros desdobramentos o fornecimento, por meio de sobrevôo, de ferramentas (terçados e machados) aos índios isolados, de maneira a evitar novos saques às casas dos agricultores brancos ou a busca ativa de contato com a FPEE, bem como a interrupção das caçadas ilegais, por meio do estabelecimento dos primeiros acordos de convivência com os moradores dos seringais D'Ouro e Iracema, adjacentes à TI Alto Tarauacá.

Hoje o posto constitui um importante ponto de vigilância para aquela região de fronteira tendo em vista a intensificação das atividades de madeireiras peruanas, denunciadas por Meirelles e sentidas pelos kaxinawá que vivem nas aldeias mais às cabeceiras do Rio Jordão, numa terra indígena adjacente à TI Alto Tarauacá.

Do município de Tarauacá até o posto, a viagem de barco chega a demorar mais de uma semana. Mais oito fotos podem ser apreciadas no álbum do Orkut dela.



17 COMENTÁRIOS:

Anônimo disse...

Altino, vamos combinar...
Com este rostinho, nem índio isolado teria coragem... de flechar, claro...

Cartunista Braga disse...

Tomara que o Benki não encontre com ela.

Jonas Amado Araújo disse...

Altino...

Você me fez voltar a uns 15 anos atras. Estudei com a Paulo no IST (Instituto Santa Terezinha) e eramos bons amigos. Ela já fazia sucesso nessa época pela beleza.

Abraços

leilabli@hotmail.com disse...

Lindas fotos Altino.
E pessoas como está que precisamos ver em nosso meio assim as coisas acontece.

Saramar disse...

Altino, tão jovem e linda em um trabalho tão difícil!
Jovens assim nos en chem de esperança no país, ao contrário de outros que... deixa pra lá.

beijos

Anônimo disse...

Braga, tu é gaiato mermo!

Anônimo disse...

Essa menina é feliz. É tao bom quando a gente encontra a felicidade!!! Que saudades do Acre!!!! E.F.

Anônimo disse...

Os olhos verdes , a curva do rio e Paula completam a bela paisagem amazônica.

Anônimo disse...

Altino se puder crie um tópico, sugerindo que: em vez de mudar o horário no Acre, que se mude o horário no Brasil, seria inédito.

Obs. Desculpe postar aqui.

natinho disse...

Caso na hora!

Anônimo disse...

A filha do Meireles é também filha da Tereza?

Gean Cabral disse...

Num momento desses falar estraga tudo. Principalmente se for o Altino com esse bafo de tabaco. Uma moça desse kilate morar e trabalhar num lugar tão isolado chega a superar sua beleza. Agora cá pra nós: se tiver um defeitinho é um nó na tripa, como dizia um amigo meu. Meus Deus, que bom viver até esse post!

Anônimo disse...

Pôxa! Para essa menina tomar conta da gente, até que vale a pena ser índio, né?

Anônimo disse...

Como é que é ? "se tiver um defeitinho é um nó na tripa"? Essa é demais. Me fez rir sozinha aqui na minha "baia" (vulgo espaço de trabalho)no MinC.
Vendo as fotos, quase identifiquei alguns trechos dos caminhos que andei pelo rio jordão. Ai, que saudades que eu tenho da aurora de minha vida...
O compadre Meireles caprichou na vida e nas criações.
Keilah

Anônimo disse...

Em resposta a alguns comentários e perguntas, gostaria de dizer que:
*Caro Braga, não se preocupe, pois a Paulinha e o Benki já se conhecem a muito tempo, desde a época em que ela trabalhava no IMAC, por volta de 2000 ou 2001 e já eramos parceiros das atividades indígenas, por tanto relaxe.

* Caro(a)Anonimo(a), quanto a Paula ser ou não filha de Dona Tereza a resposta é sim. Dona Terezinha é culpada de ter colocado essa maravilha no mundo.
Por ultimo gostaria de externar a minha tristeza em ver que os comentários limitam-se tão simplismente a beleza dessa garota, desconsiderando que ela saiu do conforto da sua casa em um excelente bairro da nossa capital, que abriu mão das festas, dos retaurantes e muitos amigos para se dedicar a uma causa em que ela realmente acredita e que de maneira alguma, podemos dizer que não seja nobre. Então, na minha opinião comentários como esses, são no mínimo grosseiros e desmerecem o esforço e a bravura desta menina encantadora a quem tive o prazer de conhecer de verdade.
Bjs
Gercy P@r@d@

Anônimo disse...

Gercy,vc foi muito feliz ao defender as qualidades proficionais e itelectuais desta bela moça; agora deixe que a imaginação nos leve à curva do rio e depare com a mesma, exatamente como o altino publicou.
Lembreime dos tempos em que podiamos tomar banho nos rios do Acre, admirando acreanas como esta.

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